Elizabeth Lopes e Pedro Venceslau - O Estado de S. Paulo
COMANDATUBA (BA) - A discussão sobre a abertura ou não de um pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), dividiu os debatedores que participaram, na tarde deste domingo, 19, do 14º Fórum de Comandatuba. Na ausência de representantes do PT, a presidente Dilma teve a mais enfática defesa de seu mandato feita pelo peemedebista Henrique Alves, atual ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara dos Deputados.
Em resposta aos que defendiam a abertura de processo de impeachment da presidente petista, como o senador tucano Cássio Cunha Lima (PSDB-PI) e o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), Henrique Alves disse que "o mais ilustre tucano", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ponderou sobre o tema porque já esteve no comando do País e viveu bons e maus momentos. Henrique Alves indagou a razão de nenhum partido estar presente nas manifestações de rua.
Ao falar em defesa do mandato de Dilma, o ministro do Turismo disse que entendia o embate da oposição em querer enfraquecer um governo que saiu recém-eleito das urnas (sem ampla maioria), mas queria dizer que defendia a gestão petista, não por ser ministro, mas por ter vivido em sua família, "que foi a mais cassada". "Eu sei a dor da injustiça, do desrespeito à Constituição e à cidadania."
Henrique Alves disse que o momento é de maturidade e de responsabilidade. "Não falo como ministro do governo Dilma, mas com autoridade de quem já comandou a Câmara e sabe que tudo deve ser feito com base na legalidade e no diálogo." E emendou: "Não podemos ter o terceiro turno das eleições."
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