Pedro Venceslau – O Estado de S. Paulo
• Em comum acordo, senador e governador definiram nova direção executiva do PSDB que será eleita domingo
Depois de serem "lançados" por aliados corno pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2018 pelo PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador mineiro Aécio Neves finalizaram ontem a divisão de cargos na nova direção executiva do partido, que será eleita no domingo, em Brasília. Fortalecidos pela reeleição de Alckmin no 1.° turno e pela expressiva votação dos tucanos em São Paulo em 2014, os paulistas emplacaram três nomes diretamente ligados ao governa-dor em cargos estratégicos na máquina partidária. O último deles foi definido ontem, na reta final da montagem da chapa que será apresentada na convenção da legenda: o deputado federal Eduardo Cury.
Ele vai atuar na montagem dos palanques municipais do PSDB na eleição do ano que vem. Os outros dois são o deputado Silvio Torres, que será secretário-geral, e o suplente de senador José Aníbal, que presidirá o Instituto Teotônio Vilela. Em uma articulação de última, hora, o ex-governador Alberto Goldman foi escolhido para permanecer em uma das vice-presidências do PSDB. Ele foi indicado pelo grupo ligado ao senador José Serra (SP) e teve o nome chancelado pelos alckmistas. Presidente do partido, Aécio aceitou todas as exigências feitas pelos paulistas e, dessa forma, garantiu apoio para ser re-conduzido ao comando da legenda para um novo mandato, que termina em 2017.
Festa da unidade. Ao custo de R$ 1 milhão, a convenção do PSDB está sendo formatada para que a dupla Aécio-Alckmin tenha destaque no palanque. A ideia, segundo um dos organizadores, é aproveitar a ocasião para dar uma demonstração de unidade ao partido. Mas para os paulistas, o evento também servirá para deixar claro que o PSDB tem, hoje, dois nomes na linha de frente.
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