Blog do Noblat / Metrópoles
O pais termina 2021 asfixiado por cada grupo isolado, monologando entre os que pensam igual.
Para 2022 desejo o que não tivemos em 2021:
abraços sem o incômodo de máscaras e conversas sem as barreiras dos
preconceitos. Os abraços permitirão uma vida mais prazerosa e as conversas
facilitarão encontrar rumos para o país.
Dois anos de distanciamento e máscaras
reduziram o gosto dos encontros entre amigos, e o tempo em que as conversas são
filtradas por preconceitos nos impedem de encontrar rumo para retirar o Brasil
da crise que atravessamos.
Os preconceitos criam bolhas que separam as pessoas, sem respeito ao que os outros pensam. Estas bolhas isoladas não permitem a cada grupo perceber seus erros e impedem o nascimento de novas ideias. O preconceito funciona como um anticoncepcional de ideias e de propostas para o futuro. O pais termina asfixiado por cada grupo isolado, monologando entre os que pensam igual.
Esperemos que 2022 seja um período em que
floresçam amizades e ideias, graças aos abraços sem necessidade de máscaras e
ao diálogo sem preconceitos e com empatia pelos excluídos socialmente e pela
natureza que herdamos de nossos avôs e devemos passar às gerações futuras.
*Cristovam Buarque foi ministro, governador e
senador
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