Correio Braziliense
Fracassaram os esforços da cúpula da Fiesp,
que articula o manifesto dos empresários em defesa da democracia e das urnas
eletrônicas, para que todos os candidatos à Presidência assinassem o documento,
numa espécie de pacto de respeito mútuo ao resultado das eleições. Ontem, o
Palácio do Planalto anunciou que Jair Bolsonaro não subscreverá o documento,
assinado por entidades empresariais e federações sindicais de trabalhadores, e
cancelou a ida do presidente da República ao lançamento do documento, no dia 11
de agosto, na sede da Fiesp. Também foi cancelado o jantar com empresários que
estava programado.
A ida de Bolsonaro à Fiesp fora antecipada para 11 de agosto a pedido do Palácio do Planalto. Para evitar mais constrangimentos, o recolhimento de assinaturas de apoio ao manifesto da federação ficou restrito às entidades empresariais e sindicatos de trabalhadores, para que as assinaturas dos candidatos dos presidentes fossem recolhidas antes de as pessoas físicas aderirem o documento. Ocorre que Bolsonaro não digeriu as manifestações em defesa da urna eletrônica, da Justiça Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal (STF), e torpedeou as iniciativas.
Na terça-feira, Bolsonaro atacou o
documento da Fiesp, que considerou uma “carta política”. Chamou de “cara de
pau” e “sem caráter” os empresários que assinassem o documento, o que provocou
o cancelamento do jantar que estava marcado com eles. Também houve muita
discussão entre os que já haviam aderido ao manifesto, se os empresários deveriam
assinar ou não o documento como pessoa física. O texto em nenhum momento cita o
presidente da República. Os candidatos Felipe D’Ávila (Novo), Ciro Gomes (PDT)
e Simone Tebet (MDB), que já estiveram na Fiesp, subscreveram o documento.
Sociedade civil
O episódio tende a aprofundar o confronto
de Bolsonaro com a sociedade civil, a praticamente dois meses das eleições. Em
termos gerais, esse é um espaço de organização e representação que não se
confunde com o Estado, a família nem o mercado, que são os ambientes
específicos e mais homogêneos onde Bolsonaro atua intensamente. A sociedade
civil engloba instituições de caridade, grupos de autoajuda, associações
profissionais, religiosas, sindicatos, entidades empresárias, movimentos
sociais etc. É um universo complexo que, no Brasil, ganhou autonomia durante o
regime militar, protagonizando movimentos de resistência em defesa da
democracia e dos direitos humanos.
Os ataques de Bolsonaro às urnas
eletrônicas, à Justiça Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal (STF),
principalmente depois de seu encontro com diplomatas estrangeiros para levantar
suspeitas sobre a segurança das urnas eletrônicas, despertaram forte e inédita
reação da sociedade civil. A defesa das urnas eletrônicas até então estava
sendo feita pelos ministros do Supremo, pela grande mídia e pela oposição.
Esses ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro, reconhecido
internacionalmente por sua segurança e eficiência, funcionaram como um
catalisador dessa reação.
Congresso
Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG), na abertura da sessão do Plenário, reiterou sua confiança no
sistema eleitoral. Disse que as urnas eletrônicas são motivo de “orgulho
nacional”. Segundo ele, nestes 26 anos de uso no Brasil, trouxeram
transparência, confiabilidade e velocidade na apuração do resultado das
eleições. “Elas têm-se constituído em ferramenta poderosa contra vícios
eleitorais muito frequentes na época do voto em papel. Representam, portanto,
um verdadeiro aperfeiçoamento institucional”, enfatizou.
A fala de Pacheco coincidiu como a ida de militares do Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (STF) para conferir a segurança dos códigos-fonte das urnas eletrônicas, um trabalho que poderia ter sido feito nos últimos 10 meses. O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, vem reproduzindo à frente da pasta a narrativa de Bolsonaro sobre a segurança das urnas eletrônicas. Na verdade, a postura de Bolsonaro sinaliza temor de perder as eleições e suas intenções golpistas, o que acaba fortalecendo a oposição.
6 comentários:
Não tem jeito não vocês vivem no mundo de mentirinha, no mundo em não houve uma invasão do sistema das urnas eletrônicas em 2018 em que o hacker ficou seis meses com acesso a todos os códigos fonte, eles mesmo falou ,ninguém o detectou, o TSE apagou todos os vestígios eletrônicos da permanência dele dentro do sistema ,impedindo que a Polícia Federal pudesse determinar se houve ou não interferência nos resultados das eleições . O inquérito aí está sem conclusão até hoje. Querem que as pessoas confie em um sistema que foi invadido, e nada foi esclarecido?
é tudo mentirinha
Vocês apostam naquela máxima do ministro da propaganda alemão Goblesuma mentira repetida 1000 vezes vira verdade, hoje não mais, graças às redes sociais
No nosso caso o povo desconfia da urna sim e as forças armadas com sua equipe técnica sinergética, que foram convidadas para acompanhar o processo, vão garantir que não haverá fraude
O anônimo bolsonarista acima acredita que se redigitar esta estorinha mais 990 vezes ela virará verdade... Trem trouxa pra tudo!
Ah , sim! Quer dizer que a eleição de 2018 foi roubada, que o Bolsonaro não ganhou?
É para isso que serve o Viagra, né?
O medo de perder faz coisa que até o diabo duvida.
Trouxa são aqueles que vão votar no PT e no Lula achando que depois de ele ser condenado por corrupção e lavagem de dinheiro ele possa ser honesto, mesmo pertencendo uma quadrilha organizada no roubo há mais de 30 anos
Poucos da esquerda tem coragem de defender o Lula, mas todos vão votar nele, mesmo sendo um ladrão condenado
Vivem dia e noite criticando o Bolsonaro pra disfarçar
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