Danielle Brant / Folha de S. Paulo
Presidente se encontra com reitores de
universidades federais nesta segunda-feira (10); professores estão em greve
desde 15 de abril
Entidade com mais de 70 mil professores
filiados no país, o Andes
(Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) criticou
o presidente Lula (PT)
por se
reunir com reitores de universidades federais, mas não com os grevistas.
O presidente se encontra nesta segunda-feira (10) com os reitores de universidades federais, em reunião na qual deve anunciar aumento do orçamento de custeio das instituições e um reforço da verba para investimento em obra, como mostrou o Painel.
O gesto, porém, foi alvo de críticas de
representantes do Andes. Na última quarta-feira (5), a primeira tesoureira do
sindicato, Jennifer Webb, afirmou em audiência pública no Senado que não seriam
Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior) e Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica) que encerrariam a greve.
"Infelizmente, vergonhosamente, o
governo e o presidente Lula estão atendendo a Andifes e o Conif como convidados
e sequer receberam as entidades representativas das categorias em greve",
criticou. "Não vão ser os reitores e reitoras que vão nos tirar dessa
greve. O que vai encerrar essa greve é um processo de negociação justo que a
gente reivindica e é somente a base que vai deliberar sobre isso."
A próxima rodada de negociações dos
professores com o Ministério da Gestão ocorre na próxima sexta-feira (14), no
MEC (Ministério da Educação).
Presidente do Andes, Gustavo Seferian afirma
que desde o começo do governo não houve qualquer sinalização de recomposição
orçamentária e o aumento de investimentos nas universidades federais.
"Caso tenhamos anúncio nesse sentido na segunda, por certo será resultante
da greve", disse.
Ele defendeu ainda que o indicativo de novas
obras deve vir acompanhado pela garantia de direitos sociais. "Não pode
estar condicionado a processos de privatização, com destinação de fundos
públicos de forma massiva a empresas privadas, amparada em terceirização e
precarização de trabalho".
O Ministério da Gestão sinalizou que não é possível atender à reivindicação dos professores de ter aumento salarial de 3,69% neste ano, além dos 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026. Os anúncios de investimentos seriam uma forma de atender a alguma das reivindicações dos grevistas.
Um comentário:
Pela grade curricular auxiliar da modernidade tecnológica na pós graduação.
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