terça-feira, 5 de maio de 2009

Governo teme impacto político

Fabio Graner
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Qualquer que seja a solução para administrar o desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de proteger os pequenos poupadores e, ao mesmo tempo, ancorar as aplicações financeiras sem desorganizar o perfil dos investidores há, ainda, o desafio da comunicação: adotar uma regra de fácil compreensão pela população. As recentes campanhas do partido oposicionista PPS, acusando o governo de armar um confisco à poupança do trabalhador adicionaram estresse político ao processo. O governo ficou furioso com a publicidade dada à versão do confisco, que já foi adotado no País pelo ex-presidente Fernando Collor, em 1990. Atualmente, o governo está monitorando o impacto da mensagem.

O timing para a adoção das novas regras é outra questão considerada. Pelos cálculos da equipe econômica, com a Selic em 10,25% , o problema da migração para a caderneta ainda é contornável. A pressão será maior com uma Selic de 9,5%.

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