Carlos Lupi não é mais nem o interlocutor do PDT no Planalto. Também não tem prazos exíguos para apresentar resultados. Enquanto o ministro do Esporte precisava ficar concentrado para cuidar dos assuntos da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o titular do Trabalho pode dedicar o tempo a responder as denúncias que pesam sobre a pasta. E, nesse período, os demais integrantes da equipe de Dilma ficam fora de foco.
Isso tudo pode parecer maluquice aos olhos de alguns. Mas a presidente cansou de, a cada 50 dias, ter que substituir um ministro "inviabilizado do ponto de vista político" por conta de reportagens em série seja nos jornais, na tevê ou nas revistas de circulação nacional. A ideia, se nada mais grave aparecer até lá, é deixá-lo no cargo até a reforma ministerial prevista para 2012, quando alguns nomes vão deixar o governo para concorrer às eleições municipais. Espera-se que, até lá, o PDT esteja mais pacificado. Afinal, se o partido continuar dividido, vai terminar perdendo a pasta. E talvez seja esse mesmo o objetivo de Dilma.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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