“ZH -Até que ponto esse clima de pressão em torno do julgamento fez com que vocês fechassem esse cronograma?
Ayres Britto – Quem propôs esse cronograma fui eu. Como presidente, me cabia tomar a dianteira, porque o processo é singular, seja pelo número de denunciados, pela quantidade e gravidade das acusações, pelo numero de testemunhas – são 600 – e pela aposentadoria iminente de dois ministros. Tudo isso evidencia a peculiaridade do processo, demandando uma atenção especial. Agora, do ponto de vista da subjetividade dos julgadores, não é um processo diferenciado. É igual a tantos outros, por mais intensa que seja essa ambiência política. O julgamento em si tem de ser técnico, imparcial, objetivo e em cima da prova dos autos. Pressões não funcionam nesta Casa. Somos vacinados contra pressões, venham de onde vierem.”
Carlos Ayres Britto, Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), entrevista no jornal Zero Hora (RS), 10/6/2012.
Um comentário:
Apresenta-se mais uma oportunidade para que afirmemos nosso posto no mundo civilizado; independência e harmonia entre os poderes é o que comanda a CONSTITUÇÂO. Punto e basta como dizem os italianos.
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