Pré-candidato pelo PSB à Presidência afirmou que país retrocedeu com Dilma
Laís Menezes - O Globo
BELÉM - O pré-candidato pelo PSB à Presidência, Eduardo Campos, em visita a capital paraense nesta quinta-feira teceu comentários sobre a decisão liminar proferida pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, quanto a CPI da Petrobras.
— Eu acho que ela tomou uma decisão coerente com o que já se falava que era a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal — afirmou.
Ao longo de sua estada em Belém, Campos também fez duras críticas ao governo Dilma e promessas de reforma política, caso seja eleito.
Em sua estratégia para se tornar mais conhecido pelo eleitorado brasileiro, o ex-governador de Pernambuco chegou ao Pará, quarto estado a ser visitado somente esta semana, para cumprir uma enorme agenda de coletivas e reuniões, visando às próximas eleições.
Durante um almoço com empresários dos setores do comércio, indústria e agricultura, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Campos afirmou que o governo retrocedeu com Dilma.
— Nós não assistimos uma gestão como parecia que iria ser feita. Ao invés do desafio de animar os investimentos no país, eles foram desestimulados — e acrescentou — Aqueles mesmos que cercaram o Fernando Henrique e o Lula, que parecia que a Dilma iria afastar, ela efetivamente trouxe para muito próximo e chocou todos do Brasil que apostavam tanto nos primeiros momentos do seu governo.
No evento, onde também estavam os dirigentes estaduais do PSB, PPS, PPL e de movimentos da Rede Sustentabilidade, Eduardo Campos disse que veio ao Pará a fim de conhecer a real situação do estado e não para fazer alianças. Segundo o ex-governador, seu projeto é caminhar por 150 cidades e ouvir a população para construir um “novo pacto social e político”.
O pré-candidato à Presidência também criticou o governo federal pela falta de comprometimento e lentidão nas votações do congresso.
— Nada de importante ou relevante foi votado no 2º semestre de 2012 e no 1º de 2013. Quando o povo foi para a rua o congresso produziu em quinze dias o que não produziu em um ano.
Campos declarou que, se for eleito, não distribuirá os ministérios por troca de apoio político, mas sim por competência. Prometeu também “reduzir o número de ministérios à metade”, sendo sua primeira medida, caso ocupe a presidência, uma reforma política.
Após o almoço, Eduardo Campos se reuniu a portas fechadas com o governador do Estado, Simão Jatene e o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho para uma “visita de cortesia”, já que conheceu Janete quando também era governador.
Depois de conceder entrevistas a emissoras locais e coletivas de imprensa, Eduardo Campos teve um encontro com militantes do PSB, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, fechando sua agenda em solo paraense.
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