• Em rede social, presidente afastada repete mote que usa contra impeachment
-BRASÍLIA- A presidente afastada, Dilma Rousseff, sinalizou ontem que deverá usar o termo “golpe” na carta que divulgará “aos senadores e ao povo brasileiro” nos próximos dias. Apesar de aliados preferirem um documento menos hostil e sem a palavra que foi o mote de resistência desde o começo do processo de impeachment, Dilma publicou uma mensagem curta em rede social reafirmando ser vítima de um golpe.
“Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Continuamos lutando contra o golpe e pela democracia”, escreveu Dilma, que tornou-se ré no processo de impeachment na última quarta-feira.
Um dos pontos de discordância do documento é o uso do termo “golpe”. Mesmo antes do afastamento, Dilma já fazia cerimônias no Palácio do Planalto com a máxima de resistência “Não vai ter golpe”. O termo era frequente em suas falas públicas. O discurso era repetido também por ministros e parlamentares. A mensagem de Dilma na rede social é uma sinalização de que ela não pretende recuar nessa questão.
Um plebiscito para novas eleições, cogitado por Dilma, também divide aliados. O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que a proposta era “inviável”, e o ex-presidente Lula julgou que a carta de Dilma não era “tão essencial”.
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