Por Jussara Soares, enviada especial de O Globo, e Paola De Orte, especial para O Globo | Valor
WASHINGTON - O escritor Olavo de Carvalho foi a estrela da noite no jantar oferecido na neste domingo (17) na casa do embaixador brasileiro, Sergio Amaral, ao presidente Jair Bolsonaro, em Washington. O presidente convocou um brinde em homenagem ao filósofo, mentor intelectual da família Bolsonaro e de diversos integrantes do governo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, o classificou como "líder da revolução" liberal no Brasil. “Você é o líder da revolução”, disse Guedes, atribuindo a Carvalho um papel importante da divulgação de ideias liberais aos brasileiros.
Segundo uma fonte presente ao jantar, o escritor "encantou a todos." O ministro da Justiça, Sergio Moro, aproveitou o clima para quebrar o gelo após ter sido criticado por Carvalho e seus seguidores pela indicação da especialista Ilona Szabó como suplente no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
No sábado à noite, horas antes da chegada de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, o filósofo afirmou que o presidente está de mãos amarradas por militares próximos com "mentalidade golpista" e advertiu sobre a necessidade de uma mudança de rumo para o governo não acabar daqui a seis meses. Ele chamou esses militares, que vê associados ao que chama de mídia oposicionista, como um "bando de cagões".
Um outro participante do jantar confirmou que o escritor causou boa impressão aos convidados, mas disse que o ponto alto da conversa foi a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre as perspectivas de crescimento econômico se aprovada a reforma da Previdência.
O presidente Jair Bolsonaro, segundo relatou a mesma fonte, fez uma fala diplomática apenas para agradecer à recepção do embaixador Sérgio Amaral e demais convidados.
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