Folha de S. Paulo
Lula e família Bolsonaro são campeões no
ranking dos reprovados pela população, aponta o Datafolha
Candidatos menos conhecidos podem crescer,
desde que se mostrem melhores que os famosos ao eleitor
Projeções de voto a nove meses da eleição
obviamente não retratam o que sairá das urnas. As medidas de rejeição, contudo,
dão uma pista. Mostram como o eleitorado vê os presumidos pretendentes.
O olhar captado pelo Datafolha não é nada bom para os nomes mais representativos das torcidas em disputa nas duas últimas eleições. O presidente Lula (PT) e os Bolsonaros (todos do PL) lideram o ranking dos rejeitados.
Ocupam os cinco primeiros lugares Jair (45%),
Luiz Inácio (44%), Flávio (38%), Eduardo (37%)
e Michelle (35%)
—estes são os percentuais dos eleitores que não dariam o voto a eles de jeito
nenhum.
Pode ser que os índices reflitam o grau de conhecimento dessa turma. E pode ser
também que traduzam o dito "quem não te conhece que te compre".
Um indicador mais preciso sobre preferência
eleitoral seria o que combinasse conhecimento alto com baixa taxa de rejeição.
O segundo batalhão de aspirantes e/ou cotados, exibem números negativos que
variam entre 21% —Ratinho
Júnior (PSD-PR) e Romeu Zema (Novo-MG)—
e 18% —Ronaldo
Caiado (União-GO)—, passando por 20% de Tarcísio de
Freitas (Republicanos-SP).
A pesquisa não mediu o quanto cada um dos
citados é conhecido do público, mas é natural que o time composto por
governadores não tenha, nesta altura, influência nem prestígio nacionais
comparáveis aos da turma do, digamos, primeiro escalão.
Um dado significativo: 50% dos pesquisados
dizem que não votariam em alguém indicado pelo ex-presidente. A ausência de
informação semelhante sobre indicações de Lula se deve ao fato de o atual
mandatário não ter concorrentes a desafiá-lo em seu campo.
No recorte espontânea da pesquisa, 60% ainda
não sabem em quem votariam ou optariam pelos votos brancos e nulos. Portanto,
os pouco conhecidos, em tese, têm espaço para crescer.
Ou não, a depender do que ofereçam quando a
campanha eleitoral sair do campo das elucubrações do mundo político e passar a
fazer parte da vida real dos brasileiros descontentes com as mercadorias em
exposição.

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