Leonencio Nossa
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Em agenda de dois dias na capital paraense, ministra participa de encontro com líderes latinos e ofusca presença dos colegas de governo
Em clima de despedida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou ontem a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, aos organizadores do Fórum Social Mundial. Na sua última participação no evento como presidente, ele avaliou que o próximo encontro, em 2011, possivelmente no exterior, contará com a presença da ministra. "Se for em 2010, eu ainda irei como presidente. Mas, se for em 2011, já vai ser a Dilma", disse, sob aplausos de cerca de cem pessoas.
No encontro, Lula encarregou a ministra de apresentar a proposta de uma Conferência Nacional de Comunicação, que começará com debates nos Estados e municípios. O evento, que ele pretende organizar este ano, discutirá um velho projeto do governo de regulamentar o setor. Lula espera que neste ano possa realizar a conferência e aprovar o projeto no Congresso, apesar de saber que o tema não é consensual.
Nos dois dias em que esteve na capital paraense, Dilma ficou quase todo o tempo ao lado do presidente. E participou de encontros fechados de Lula com outros presidentes da América Latina: Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai).
Durante o seminário A América Latina e o Desafio da Crise Financeira, que reuniu cerca de 5 mil pessoas e contou com a presença dos presidentes sul-americanos, na noite de quinta-feira, a ministra da Casa Civil recebeu aplausos dos participantes do fórum.
O novo visual de Dilma, incluindo uma recente cirurgia plástica, não passou despercebido. Quando a sua imagem apareceu nos telões instalados no local do seminário, a multidão assoviou. Mesmo evitando a imprensa, a ministra ofuscou a presença de 11 colegas de governo que também participam do encontro de Belém.
VISTOS
Os organizadores pediram a Lula que a diplomacia brasileira ajude a resolver problemas de vistos para os participantes da próxima versão do evento, nos Estados Unidos, no México ou em um país árabe, possíveis sedes da versão 2011 do encontro. Em entrevista, o presidente disse que não esteve no Fórum Econômico Mundial, em Davos, por não considerar o evento neste ano "interessante".
Ele aproveitou a presença de ativistas europeus e americanos na reunião com os organizadores do Fórum Social para criticar as negociações de paz no Oriente Médio. Lula sugeriu que os representantes do Hamas, adversário de Israel e do governo palestino, sejam ouvidos nas negociações. Relatou que em encontro recente com um diplomata palestino perguntou como o governo palestino avaliaria a possibilidade de ele, Lula, conversar com o Hamas. O diplomata respondeu que ele não seria recebido pelo Hamas.
Lula elogiou a realização do fórum em Belém. "O presidente da República não poderia deixar de participar de um encontro como este, representativo e de boa qualidade", afirmou. "Este fórum foi surpreendente pela qualidade e pela participação da juventude", acrescentou. "De alguma forma, Belém recuperou o prestígio do fórum."
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Em agenda de dois dias na capital paraense, ministra participa de encontro com líderes latinos e ofusca presença dos colegas de governo
Em clima de despedida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou ontem a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, aos organizadores do Fórum Social Mundial. Na sua última participação no evento como presidente, ele avaliou que o próximo encontro, em 2011, possivelmente no exterior, contará com a presença da ministra. "Se for em 2010, eu ainda irei como presidente. Mas, se for em 2011, já vai ser a Dilma", disse, sob aplausos de cerca de cem pessoas.
No encontro, Lula encarregou a ministra de apresentar a proposta de uma Conferência Nacional de Comunicação, que começará com debates nos Estados e municípios. O evento, que ele pretende organizar este ano, discutirá um velho projeto do governo de regulamentar o setor. Lula espera que neste ano possa realizar a conferência e aprovar o projeto no Congresso, apesar de saber que o tema não é consensual.
Nos dois dias em que esteve na capital paraense, Dilma ficou quase todo o tempo ao lado do presidente. E participou de encontros fechados de Lula com outros presidentes da América Latina: Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai).
Durante o seminário A América Latina e o Desafio da Crise Financeira, que reuniu cerca de 5 mil pessoas e contou com a presença dos presidentes sul-americanos, na noite de quinta-feira, a ministra da Casa Civil recebeu aplausos dos participantes do fórum.
O novo visual de Dilma, incluindo uma recente cirurgia plástica, não passou despercebido. Quando a sua imagem apareceu nos telões instalados no local do seminário, a multidão assoviou. Mesmo evitando a imprensa, a ministra ofuscou a presença de 11 colegas de governo que também participam do encontro de Belém.
VISTOS
Os organizadores pediram a Lula que a diplomacia brasileira ajude a resolver problemas de vistos para os participantes da próxima versão do evento, nos Estados Unidos, no México ou em um país árabe, possíveis sedes da versão 2011 do encontro. Em entrevista, o presidente disse que não esteve no Fórum Econômico Mundial, em Davos, por não considerar o evento neste ano "interessante".
Ele aproveitou a presença de ativistas europeus e americanos na reunião com os organizadores do Fórum Social para criticar as negociações de paz no Oriente Médio. Lula sugeriu que os representantes do Hamas, adversário de Israel e do governo palestino, sejam ouvidos nas negociações. Relatou que em encontro recente com um diplomata palestino perguntou como o governo palestino avaliaria a possibilidade de ele, Lula, conversar com o Hamas. O diplomata respondeu que ele não seria recebido pelo Hamas.
Lula elogiou a realização do fórum em Belém. "O presidente da República não poderia deixar de participar de um encontro como este, representativo e de boa qualidade", afirmou. "Este fórum foi surpreendente pela qualidade e pela participação da juventude", acrescentou. "De alguma forma, Belém recuperou o prestígio do fórum."
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