sexta-feira, 2 de março de 2012

Serra: 'É óbvio que o governo vai se mexer'

Carvalho admite que escolha de Crivella ajuda com evangélicos

SÃO PAULO e BRASÍLIA. O ex-governador José Serra, pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, disse ontem que o tempo vai mostrar o que o governo federal deve fazer na disputa eleitoral. O tucano evitou polemizar sobre a nomeação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para o Ministério da Pesca.

- É obvio que o governo federal vai se mexer. Isso está dentro do previsto. Agora, a maneira como vai fazer isso o tempo vai mostrando - disse na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde esteve para obter o apoio da bancada tucana.

A cautela de Serra não se repetiu entre as lideranças locais do PSDB. O líder na Assembleia, Orlando Morando, disse que a nomeação é um "indício de que as péssimas práticas adotadas em campanhas anteriores serão retomadas".

O PSDB não vê em São Paulo a chance de uma aliança oficial entre o PRB e o PT do pré-candidato Fernando Haddad, mas sim um acordo para reforçar a artilharia contra os tucanos. O pré-candidato pelo PRB é Celso Russomanno.

Alvo da guerra da bancada evangélica, ontem o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que a entrada de Crivella no Ministério facilita a relação do governo com os evangélicos.

- Nós já temos um ministro evangélico, o das Cidades (Aguinaldo Ribeiro), temos agora o senador Crivella. É evidente que ele não foi convidado por causa da questão evangélica. Ele foi (escolhido) na representação de um partido que nos deu José Alencar e é fiel à base. Esta é a razão da convocação do senador, pela sua competência. É evidente que sempre facilita tendo alguém a mais para este diálogo (com evangélicos), mas este não é, de maneira alguma, a razão precípua da convocação.

FONTE: O GLOBO

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