Especialista da FGV elogia fato de ministros cobrarem esclarecimentos dos advogados
O julgamento do mensalão pode abrir caminho para a quebra de uma tradição no Supremo Tribunal Federal (STF). O professor de Direito da FGV-RJ Diego Werneck Arguelhes disse que o ministro Joaquim Barbosa, ao repetir ontem o gesto do colega Dias Toffoli no dia anterior, fazendo perguntas aos advogados dos réus, rompeu definitivamente o silêncio atento que o Supremo mantinha desde o primeiro dia da sustentação oral da defesa. Até então, garante o professor, eram raras as vezes em que os ministros interrompiam a exposição dos advogados.
Diego Arguelhes, que acompanha o julgamento como comentarista no site do GLOBO, festejou quando Barbosa quis saber mais sobre o papel do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizolatto no esquema. Para ele, as perguntas servem para dar mais qualidade à decisão e são uma tradição já estabelecida em outros tribunais, como a Suprema Corte americana:
- O gesto demonstrou que os ministros estavam atentos e que querem aproveitar o tempo dado aos advogados para dirimir as dúvidas.
E explica que, com a digitalização das peças do processo, os ministros tiveram tempo de ler os autos antes e aproveitar melhor as sessões, deixando de apenas ouvir da defesa o que já sabem.
FONTE: O GLOBO
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