• O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não explicou qual será a elevação feita a partir de setembro e nem quanto o governo deverá arrecadar com esse reajuste em 2014
Deco Bancillon, Rosana Hessel – Correio Braziliense
O governo decidiu, nesta terça-feira (13/5), adiar para setembro o aumento de impostos para bebidas frias que passaria a vigorar a partir de 1º de junho, às vésperas do início da Copa do Mundo de Futebol.
O ministro da fazenda, Guido Mantega, disse que o reajuste na tributação para este setor será escalonado a partir de setembro. Ainda não informações sobre em quanto tempo será diluído todo o aumento previsto para o setor. "Quando um setor passa muito tempo sem receber aumento de impostos é como se a carga tributária tivesse caído. Nós vamos recompor isso, mas ao longo do tempo", disse o ministro.
Para o presidente da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmocci Júnior, foi assumido um compromisso com o governo de não reajustar preços de bebidas frias durante a Copa, num esforço para que a inflação não suba ainda mais. Solmocci disse também que o setor deve rever a decisão de demitir funcionários por conta do aumento de impostos. Ele acredita que, a partir de setembro haverá novos aumentos, mas de maneira que não impacte duramente as vendas do setor.
O ministro da Fazenda não explicou, porém, como o governo conseguirá recompor a parcela de impostos que deixará de entrar nos cofres públicos como postergação do reajuste para bebida frias. Pra este ano, a meta de economia fiscal é que o setor público consolidado deva arrecadar 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
A elevação dos impostos para bebidas ajudaria ao governo a atingir esta meta com R$ 1,5 bilhão em novos impostos, apenas entre junho e dezembro, além dos já cobrados do setor.
Mantega não explicou qual será a elevação feita a partir de setembro e nem quanto o governo deverá arrecadar com esse reajuste em 2014.
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