O horário eleitoral começa nesta sexta-feira, 31, e a candidata da Rede será a primeira a se apresentar, conforme sorteio do TSE
Marianna Holanda | O Estado de S.Paulo
Com poucos segundos de televisão, a candidata da Rede, Marina Silva, não deve atacar adversários e deve reforçar o discurso de mulher, mãe, de origem humilde. A presidenciável estreia nesta sexta-feira, 31, nas inserções de televisão da disputa pelo Planalto nas eleições 2018.
Intitulado “Temos um plano para o Brasil e todo brasileiro faz parte dele”, a ex-ministra do Meio Ambiente vai apresentar um discurso de unificação do País e abordar o sentimento de indignação. A estratégia da campanha será mostrar a candidata e suas propostas e redirecionar o público para o seu site.
A campanha de Marina, segunda colocada na mais recente pesquisa do Ibope/Estadão/TV Globo na ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da disputa, ganhou fôlego após o embate com o líder nas pesquisas no mesmo cenário, Jair Bolsonaro (PSL). Ela criticou o fato de o deputado federal dizer que o problema da desigualdade salarial entre homens e mulheres já está resolvido nas leis trabalhistas.
Apesar disso, Marina não deve atacar Bolsonaro nas inserções. Ela tem pouco tempo e deixará esse trabalho para seus adversários com mais tempo de rádio e TV, como Geraldo Alckmin (PSDB).
Marina fortalecerá seu eleitorado feminino e jovem
A estreia da candidata na televisão terá como prioridade fortalecer seu eleitorado, majoritariamente feminino e jovem. A presidenciável tem, no eleitorado de 16 a 34 anos, a maior parte dos seus votos, segundo a mais recente pesquisa do Ibope/Estadão/TV Globo. Entre as mulheres, lidera com 15%, ao lado de Bolsonaro, com 13% (pela margem de erro, estão empatados, também no cenário sem Lula na disputa).
Sua equipe trabalha com base em cinco eixos para as inserções, além do discurso de unificação: priorizar a agenda feminina, apresentando-a como a candidata das mulheres, mãe, de origem humilde; tratar da importância da educação; destacar a qualidade de sua equipe, notadamente os “pais” do Plano Real e Bolsa Família, respectivamente, André Lara Rezende e Ricardo Paes de Barros; exaltar seu vice, Eduardo Jorge (PV); e valorizar a juventude.
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