Já na Antiguidade, vastos
impérios foram formados a partir de Roma, Pérsia, Egito, China e Macedônia.
Mesmo durante a Idade Média, tida como uma era de retrocessos, assistiu-se uma
intensa expansão de rotas comerciais.
Grande impulso houve no período mercantilista, com países como Inglaterra, Holanda, França, Espanha e Portugal lançando-se aos oceanos, em busca de matérias primas, metais preciosos e zonas de influência, incorporando ao mapa as Américas e a Oceania.
Os países centrais do
nascente capitalismo disputavam e iam a guerra por áreas de domínio.
Inglaterra, França, Prússia, Rússia eram Estados-Nação disputando a hegemonia,
num mundo cada vez mais integrado e interdependente. Por seu vigor financeiro,
industrial, comercial e militar, a Inglaterra se impôs como país líder de um
século XIX, marcado ainda por ambições imperialistas.
As consequências foram as
duas Grandes Guerras, a Revolução Russa de 1917, a grande recessão de 1929, a
ascensão do nazifascismo, o holocausto e o surgimento de um novo ciclo
subsequente. Este novo tempo nasceu sob a liderança dos Estados Unidos,
antagonizando com a União Soviética e o bloco socialista. Nasceram a Guerra
Fria, a corrida armamentista, a disputa ideológica, as instituições de
governança global como Nações Unidas, FMI, Banco Mundial e OMC. O ciclo se
esgota com a dissolução da URSS e a queda do muro de Berlim.
Surge a era da globalização.
A internet e as tecnologias digitais patrocinam a integração. O protecionismo é
arrefecido. Grandes empresas desenvolvem seus negócios em dezenas de países de
forma integrada. A China adota o capitalismo de Estado ou o socialismo de
mercado. Não quer exportar ideologia e sim mercadorias e capitais. O lance mais
ousado é a criação da União Europeia e sua moeda única. Fato impensável na
primeira metade do século XX. Tudo indicava a instalação de uma “Pax
capitalista”. A guerra seria agora por eficiência, competitividade, inovação,
produtividade.
Nem tudo, no entanto, foram
flores. A globalização produziu frustações e ressentimentos no seio das
sociedades. A imigração em massa de populações pobres para países ricos atiçou
o velho nacionalismo chauvinista. Surge, a partir da segunda década do século
XXI, o populismo iliberal. Sua expressão maior, Donald Trump e seu MAGA (Make
America Great Again). A desenvoltura, em
seu segundo mandato, surpreende. Tal qual o personagem de Chaplin no genial O
GRANDE DITADOR, brinca no Salão Oval com o globo terrestre. Ativa a sua
metralhadora giratória de tarifas de importação.
Será o fim da globalização? Voltaremos ao assunto.
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