No terceiro dia de Itália, Dilma Rousseff finalmente conseguiu 24 segundos cumprimentando o papa Francisco. Garantiu presença nos telejornais. Hoje, terá uma reunião mais longa com o pontífice. E tome mídia espontânea a favor.
Enquanto isso, no Brasil, saiu uma pesquisa Ibope sobre a popularidade da administração da presidente.
Em dezembro, 62% achavam o governo da petista "bom" ou "ótimo". Agora, a taxa é de 63%. No Nordeste, a avaliação deu um salto expressivo, acima da margem de erro: de 80% para 85% de aprovação.
Múltiplos fatores sustentam a alta popularidade de Dilma. Embora óbvio, não custa repetir um dos principais: o nível de desemprego continua em patamar histórico muito baixo.
Mas a pesquisa Ibope revela algumas curiosidades menos evidentes. Por exemplo, 20% dos brasileiros acham o governo Dilma melhor do que o de Lula.
Esse percentual nunca foi tão alto e, pela primeira vez, é superior aos 18% que acham a administração Dilma inferior à de Lula. É a criatura aos poucos superando o criador.
Outro dado chama a atenção: a percepção das pessoas sobre o noticiário a respeito do governo Dilma. Pela primeira vez desde o início do mandato da petista, há mais brasileiros achando que a abordagem é mais positiva (38%) do que neutra (34%) ou negativa (11%).
A oposição dirá que os entrevistados são influenciados pela recente avalanche de propaganda do governo. Brasil sem Miséria e remédios de graça são duas campanhas que martelam a cabeça dos brasileiros na TV no momento.
Pode ser. Mas os três pré-candidatos a presidente de oposição -Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede)- têm recebido espaço farto para atacar a gestão Dilma na mídia. Em vão. O discurso não sensibilizou os eleitores. A estratégia anti-Dilma parece ainda bem descalibrada.
Fonte: Folha de S. Paulo
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