Embaixador estava mais de um ano asilado na embaixada brasileira na Bolívia
Campos diz que aviso a superiores imediatos é uma questão de burocracia do Itamaraty
Silvia Amorim
SANTOS - O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, parabenizou nesta terça-feira o diplomata brasileiro que acompanhou o senador boliviano Roger Pinto Molina na fuga para o Brasil, após mais de um ano asilado na Embaixada brasileira na Bolívia. Campos, cujo avô, Miguel Arraes, deixou o Brasil no regime militar em condições semelhantes ao do senador boliviano, também defendeu que o caso não seja motivo para um impasse diplomático entre a Bolívia e o Brasil.
- Eu só posso ter uma opinião. Salvamos uma vida e cumprimos uma tradição que é própria do povo latino e do brasileiro, que é a de abrigar. E isso não deve de forma alguma atrapalhar a relação diplomática que o Brasil tem com a Bolívia. Essa é uma causa humanitária - afirmou o governador.
O apoio ao diplomata Eduardo Saboia, que será alvo de um processo administrativo para apurar responsabilidades pela ação sem aval da Presidência da República, foi feito por Campos após um relato dele sobre o episódio da fuga de Arraes do Brasil.
- Eu tenho por dever de consciência neste momento e até por homenagem à história do meu avô e em homenagem ao embaixador que salvou a vida dele e da minha avó de cumprimentar o diplomata brasileiro que fez isso - disse.
Para o governador, se Saboia deveria ter comunicado a ação de imediato a superiores é "uma questão burocrática e interna do Itamaraty".
Campos participa no início da tarde desta terça-feira de um almoço com convidados do fórum Santos Export 2013, que debate o setor portuário no país. O evento acontece em Santos, no litoral sul de São Paulo. Após o almoço, o governador fará uma palestra.
Fonte: O Globo
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