• Votação de proposta na CCJ foi adiada para esta quarta-feira, ao contrário do que havia feito antes da nomeação do vice-presidente como articulador político, PMDB ignorou comissão
Pedro Venceslau - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - A escolha do vice-presidente Michel Temer (PMDB) como operador político do governo esvaziou o apoio à Proposta de Emenda à Constituição que prevê reduzir de 39 para 20 o número de ministérios. O tema devia ter sido votado nesta terça-feira, 14, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, mas a pauta acabou sendo adiada para quarta. Ao contrário do que havia feito antes da nomeação de Temer, o PMDB ignorou a comissão.
A pauta constrange o Planalto, que mobilizou a base para derrubar a proposta. Apesar de o autor da PEC ter sido o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), integrantes da CCJ e operadores do governo na Casa avaliam que a proposta deve ser derrotada ou sair da pauta. Se isso não ocorrer, a derrota governista será debitada na conta de Temer, o que enfraqueceria sua interlocução.
‘Subindo no telhado’. A proposta deveria ter sido votada na semana passada, mas foi adiada. Esse foi o primeiro sinal de que a PEC estava, nas palavras de parlamentar petista, “subindo no telhado”. “A bancada do PT é radicalmente contra”, disse o deputado Sibá Machado (AC), líder do governo na Câmara.
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