Célia Froufe - O Estado de S. Paulo
• IBC-Br atingiu 142,66 pontos no início do segundo trimestre, o patamar mais baixo desde maio de 2012, segundo o Banco Central
BRASÍLIA - Após registrar queda em março, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira pela instituição, teve baixa de 0,84% em abril ante o mês anterior, com ajuste sazonal. Já o dado de março foi revisto para -1,51%, ante leitura original de -1,07%.
O indicador passou de 143,87 pontos (dado revisado) em março na série dessazonalizada para 142,66 pontos em abril. É o nível mais baixo desde maio de 2012, na série com ajustes. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
É possível identificar também uma queda de 1,30% nos 12 meses encerrados em abril. Nos primeiros quatro meses deste ano, a baixa acumulada já está em 2,23%.
A queda em abril foi pior do que a mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (-0,50%), mas dentro do intervalo de -1,00% à estabilidade.
Na comparação entre os meses de abril de 2015 e 2014, houve retração de 3,13% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, abril encerrou com o IBC-Br em 142,79 pontos, ante 149,80 pontos de março.
O indicador de abril de 2015 ante o mesmo mês de 2014 mostrou um resultado um pouco pior do que o apontado pela mediana (-2,60%), e perto do teto das previsões (-1,84% a -3,40%) dos 29 analistas do mercado financeiro ouvidos peloAE Projeções.
No Relatório Trimestral de Inflação de março, o BC destacou que, em função da migração das contas nacionais brasileiras para o Sistema de Contas Nacionais 2010 (SCN 2010) feita pelo IBGE, o IBC-Br "deverá experimentar revisões na série histórica ao longo dos próximos meses".
Isso porque o BC passará a refletir a incorporação das mudanças metodológicas e as novas informações disponibilizadas pelo Instituto.
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