Por Daniel Rittner, Claudia Safatle, Andrea Jubé, André Guilherme Vieira e Juliano Basile – Valor Econômico
Brasília, São Paulo e Washington - O vice presidente Michel Temer começou a definir os nomes que vão compor seu eventual governo. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles deve assumir a Fazenda. O senador do PSDB José Serra (SP) fica com a pasta da Educação e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), com o Planejamento. A equipe do Palácio do Planalto também está escolhida: Eliseu Padilha, ex-ministro da Aviação Civil, vai para a Casa Civil e o ex-ministro da Integração Nacional no governo Lula, Geddel Vieira Lima, cuidará da articulação política na Secretaria de Governo.
O advogado criminal Antonio Cláudio Mariz de Oliveira confirmou ao Valor que foi sondado para a pasta da Justiça e, de antemão, sugeriu um projeto de lei para adequar a delação premiada "à doutrina jurídica brasileira".
O PMDB tem uma lista de nomes para a presidência do Banco Central que será submetida a Meirelles. São eles os ex-diretores do BC Mário Mesquita, Ilan Goldfajn (hoje no Itaú) e Eduardo Loyo (hoje no BTG Pactual) e o ex-secretário do Tesouro Nacional Carlos Kawall. Meirelles terá a palavra final também nas indicações para os bancos federais, como Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste. Há, no PMDB, a compreensão de que o sistema financeiro público deve estar bem alinhado com o Ministério da Fazenda.
Na semana passada, em Nova York, Meirelles defendeu a autonomia do Banco Central e a reforma da Previdência, com a fixação de idade mínima para aposentadoria e desindexação dos benefícios à variação do salário mínimo. Ele disse ser favorável ao aumento de impostos no curto prazo para permitir o equilíbrio orçamentário, mas com redução da carga de tributária à medida que o governo corte seus gastos.
O ex-ministro Moreira Franco deverá coordenar um novo órgão que vai centralizar as concessões de infraestrutura. Ele terá como tarefa destravar a agenda das privatizações.
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