terça-feira, 25 de setembro de 2018

Bolsonaro é líder com 28%; Haddad sobe e chega a 22%

Ciro mantém 11%, e Alckmin oscila para 8%; no segundo turno, capitão só não perderia para Marina

O candidato do PT, Fernando Haddad, subiu três pontos na pesquisa Ibope divulgada ontem, enquanto Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança, estável em 28%. Desde que sua candidatura foi oficializada, em 11 de setembro, Haddad subiu 14 pontos percentuais. Ciro Gomes (PDT) manteve 11% das intenções de voto, e Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou positivamente um ponto, obtendo agora 8% das preferências. Marina Silva (Rede) foi de 6% para 5%. Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro perderia de todos os principais adversários, menos de Marina, com quem estaria empatado em 39%. Rejeição a Bolsonaro subiu quatro pontos e chegou a 46%, maior índice entre os presidenciáveis.

HADDAD SOBE; BOLSONARO FICA EM 28%

Ciro e Alckmin empatam em terceiro lugar; Marina mantém trajetória de queda

Miguel Caballero e Marco Grillo | O Globo

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, segue crescendo, em média, um ponto percentual por dia desde que foi oficializado na disputa em substituição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há duas semanas. De acordo com a pesquisa Ibope divulgada ontem, o ex-prefeito de São Paulo está na segunda colocação, com 22% das intenções de voto — tinha 8% em 11 de setembro, quando ocorreu a troca, o que significa um aumento de 14 pontos no período. Em comparação com o levantamento divulgado na semana passada, Haddad subiu três pontos, enquanto o líder da disputa, Jair Bolsonaro (PSL), se manteve com 28%.

Em terceiro lugar, há um empate técnico entre Ciro Gomes (PDT), que manteve os 11% do levantamento anterior, e Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou positivamente um ponto e agora tem 8%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Desde o início da série do Ibope, em 20 de agosto, apenas Bolsonaro e Haddad cresceram. O candidato do PSL permaneceu na liderança o tempo todo e cresceu oito pontos, passando de 20% para 28%. Já o petista deu um salto maior: tinha 4% no início da campanha e agora tem 22%, uma elevação de 18 pontos percentuais.

Haddad se beneficiou da popularidade de Lula e da rápida transferência dos votos que seriam destinados ao ex-presidente. A estratégia do PT, que retardou ao máximo a retirada de Lula e a consequente oficialização de Haddad, tem sido até agora efetiva do ponto de vista eleitoral. Já Bolsonaro, a despeito do pouco tempo que tem disponível na televisão, conseguiu se manter como destinatário dos votos dos eleitores antipetistas, que em outras eleições apoiaram majoritariamente candidatos do PSDB.

EMPATE TÉCNICO
Na sequência, Ciro e Alckmin estão há um mês no mesmo patamar. O pedetista tinha 9% e chegou a 11%, o que representa uma oscilação positiva dentro da margem de erro. Já o tucano iniciou a campanha com 7% e hoje tem 8%. A aposta no horário eleitoral e nas inserções ao longo da programação no rádio e na televisão não impulsionaram o ex-governador de São Paulo, contrariando a aposta feita pela campanha tucana.

Logo abaixo, a candidata da Rede, Marina Silva, segue em trajetória de queda. Segundo o Ibope, ela tem hoje menos da metade do apoio que tinha quando a campanha começou: passou de 12% para 5%. Há um mês, Marina era a candidata numericamente mais próxima de Bolsonaro — estava a oito pontos do capitão da reserva. Hoje, ela está distante 23 pontos do candidato do PSL e em empate técnico com três candidatos do pelotão que sempre esteve na parte mais abaixo das pesquisas: João Amoêdo (Novo), que oscilou um ponto para cima e chegou a 3%; Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB), que permaneceram com 2%.

Com a queda acentuada, Marina dispensou dois cinegrafistas que faziam parte de sua equipe. Segundo a campanha, o trabalho era voltado para as redes sociais, e o resultado foi abaixo do esperado.

O candidato do PSOL, Guilherme Boulos , não havia pontuado no levantamento anterior e agora tem 1%. Cabo Daciolo (Patriota), Vera Lúcia (PSTU), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram nesta pesquisa. Brancos e nulos somaram 12%, enquanto 6% dos eleitores não souberam responder ou não opinaram. A soma de brancos e nulos com os indecisos era de 38% na primeira pesquisa da série e agora é de 18%, uma queda de 20 pontos em um mês.

O Ibope ouviu 2.506 eleitores em 178 municípios, entre sábado e domingo. A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

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