Folha de S. Paulo
Existe espaço para candidatura do ex-juiz
após Vaza Jato e rompimento com Bolsonaro?
Sergio Moro devolveu seu nome ao baralho da
eleição de 2022. O ex-juiz se reuniu com aliados na semana passada e discutiu
a possibilidade de uma candidatura no ano que vem. No encontro, ele
pediu que os participantes evitassem comentar seus planos para evitar problemas
com o escritório americano onde ele trabalha como consultor.
Foi o sinal mais explícito do interesse de
Moro na disputa desde que ele assinou com a Alvarez & Marsal, no fim do ano
passado. O potencial conflito com a firma só existe porque ele continua no
jogo.
Dirigentes do Podemos querem fazer de Moro mais um candidato ao Planalto com pretensão de furar o domínio de Lula e Jair Bolsonaro nas pesquisas. Não é um plano simples: assim como outros nomes que reivindicam o tal rótulo da terceira via, o ex-juiz não chega a 10% das intenções de voto em sondagens feitas por institutos e partidos.
Esses números ainda desanimam uma parte dos
políticos que incentivam essa candidatura, principalmente porque Moro é um dos
nomes mais conhecidos dessa arena eleitoral. Isso sugere que, já na largada, o
ex-juiz acumula uma imagem negativa entre petistas e bolsonaristas, que hoje
representam juntos dois terços do eleitorado.
Mesmo assim, seus aliados acreditam que ele
pode ocupar terrenos numa direita que se afastou ou ainda pode se afastar de
Bolsonaro.
Na última pesquisa do Datafolha que incluiu
o nome do chefe da Lava Jato, em maio, só 26% diziam que não votariam nele de
jeito nenhum. Os moristas veem aí um sinal de que bolsonaristas poderiam votar
no ex-juiz se ele tiver chances de vencer o PT. Até aqui, não é o caso: Moro e
Bolsonaro perdem de longe para Lula nas simulações de segundo turno.
Moro prometeu decidir até novembro se
larga um
emprego em Washington para se tornar alvo numa campanha de alta
octanagem. Se entrar na corrida, ele terá que explicar sua colaboração com o
governo Bolsonaro e a parceria ilegal com o Ministério Público na Lava Jato.
Um comentário:
O JUIZ SÉRGIO MORO NÃO DEVE ENTRA NA POLÍTICA É UM JOGO JOGO SUJO. PRINCIPALMENTE COM ESSE CONGRESSO NACIONAL O PIOR DA REPÚBLICA
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