segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Em dados preliminares, Cristina Kirchner sofre a pior derrota política na Argentina

Em discurso à meia-noite a presidente, visivelmente abalada pelo resultado, falou brevemente, convocando a militância a fazer "maior esforço"; ela obteve 25% dos votos

Os dados preliminares destas eleições que definem os candidatos que participarão das parlamentares de outubro sustentavam que o kirchnerismo teria obtido 25% dos votos em todo o país

A contagem parcial das urnas das eleições primárias argentinas indicava neste domingo (11), à noite, que o governo da presidente Cristina Kirchner sofreu a pior derrota política do kirchnerismo em uma década.

Os dados preliminares destas eleições que definem os candidatos que participarão das parlamentares de outubro sustentavam que o kirchnerismo teria obtido 25% dos votos em todo o país. Desta forma, a oposição, embora fragmentada, reuniria 75% dos votos.

Em discurso à meia-noite a presidente Cristina, visivelmente abalada pelo resultado, falou brevemente, convocando a militância a fazer "maior esforço". A presidente não reconheceu a derrota.

Na província de Buenos Aires, tradicional feudo político do kirchnerismo, de acordo com 45% das urnas apuradas, o candidato kirchnerista que lidera a lista de deputados para as eleições parlamentares de outubro, Martín Insaurralde, prefeito da cidade de Lomas de Zamora, teve somente 28% dos votos.

Seu rival, Sergio Massa, ex-chefe do gabinete de ministros de Cristina, que passou há poucos meses para o peronismo dissidente da oposição, era vitorioso com 34% dos votos.

A província de Buenos Aires é considerada o principal campo de batalha eleitoral, já que concentra 37,3% dos eleitores argentinos. Massa é considerado um potencial presidenciável que poderia reunir o peronismo dissidente e setores do kirchnerismo insatisfeitos com a presidente Cristina.

Na cidade de Buenos Aires, que concentra 8,8% dos eleitores do país, o candidato do governo, o ex-ministro Daniel Filmus, teria reunido 20% dos votos, tornando-se a terceira força em território portenho.

Os candidatos da coalizão UNEN, de centro-esquerda, reuniram 35% dos votos, enquanto que os representantes do partido de centro-direita Proposta Republicana (PRO), do prefeito Maurício Macri, conseguiram 30%.

Fonte: O Tempo (MG)

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