E agora, José?
Aliados de José Serra dizem que o ex-governador esperava as primeiras pesquisas com seu nome entre os presidenciáveis para decidir se sairá ou não do PSDB para concorrer em 2014. A pesquisa Datafolha ofereceu mais dúvidas que respostas. Na sondagem, dois fatores nos quais Serra apostava não se verificaram: o recall por ter disputado duas eleições presidenciais e uma vantagem sobre Aécio Neves que lhe desse algum discurso para disputar internamente a candidatura.
É a economia Outro fator importante que incentiva Serra a disputar a terceira candidatura presidencial é ser visto como alternativa a Dilma Rousseff na gestão econômica. Mas isso também não se confirmou no Datafolha. Só 11% dos entrevistados apontam o tucano nesse quesito. Dilma tem 12%.
Otimismo Pesquisas internas que o marqueteiro João Santana mostrou a Dilma já indicavam uma recuperação de 8 pontos na aprovação ao governo (foram 6 no Datafolha), que teria subido ao patamar de 30%. A equipe próxima à presidente comemorou os resultados.
Megadesgaste A pesquisa de intenções de voto confirmou dado que já aparecera na de avaliação de Dilma: persiste seu desgaste nas metrópoles com mais de 500 mil eleitores. Nessas cidades, que concentraram os protestos de junho, Marina Silva lidera ou empata com Dilma, a depender do cenário.
De mal Outro dado que chamou a atenção de petistas foi a baixa adesão a Dilma na pesquisa espontânea. Ela manteve os 16% de intenção de voto quando o eleitor é questionado sem ter uma lista prévia. A presidente chegou a pontuar 35% na espontânea, no auge de sua popularidade, em março.
Frente... Fernando Haddad (PT) apresentará na quinta o pacote de reforma do sistema municipal de educação. O plano prevê R$ 1,2 bilhão para a ampliação da rede de creches e CEUs de São Paulo.
...pela educação Professores, pais e alunos participarão de uma consulta pública, que ficará aberta por um mês para receber sugestões de alterações à proposta do prefeito em temas que vão até o currículo de ensino.
Saideira 1 Roberto Gurgel enviou ao Supremo Tribunal Federal petição para que seja arquivada denúncia contra Roberto Requião, ex-governador do Paraná. Supostamente, Requião teria concedido benefícios de ICMS de forma irregular a contribuintes como Sercomtel, Hexal do Brasil, Companhia Brasileira de Bebidas e Elevadores Atlas Schindler.
Saideira 2 Segundo o procurador-geral da República, ainda que existissem indícios da prática dos delitos de peculato ou corrupção ativa, eles já prescreveram.
Saideira 3 A investigação das supostas irregularidades ocorreu em março de 2004 e a prescrição ocorreu em março deste ano, devido à idade do ex-governador. Como Requião tem 72 anos, a lei determina que o prazo máximo de prescrição desse tipo de crime (16 anos) seja reduzido à metade (8 anos).
Luz... Diante da escuridão em que ficou a plateia do encontro do PT em Bauru que lançou o ministro Alexandre Padilha candidato a governador de São Paulo, petistas brincaram que a luz baixa era porque o candidato ainda estava fechado no armário.
... para todos Até o ex-presidente Lula fez piada com a penumbra do evento. Disse a Padilha e também ao ministro Gilberto Carvalho que era necessário pedir a Dilma Rousseff que liberasse recursos do PAC para iluminar os encontros do PT.
Tiroteio
"Antes, diziam que eu estava por trás da CPI da Petrobras. Agora, que sou ligado a João Henriques. O PMDB quer e eu assinarei a CPI"
DO DEPUTADO EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ), rebatendo acusações de que seria ligado a ex-funcionário da estatal que denunciou esquema de corrupção
Contraponto
Beijo, não me liga
Na última sessão da Câmara antes do recesso de julho, o líder do PSDB na Casa, Carlos Sampaio (SP), reuniu a bancada e deu um aviso:
--Farei uma viagem com a minha mulher para comemorarmos vinte anos de casamento. Mas estarei com o celular ligado. Quem precisar, pode telefonar.
Os deputados elogiavam a disposição do líder, quando Sampaio arrematou:
--Mas que fique claro que será contrariado e insatisfeito que atenderei a cada telefonema.
Todos gargalharam e prometeram não incomodá-los.
Com Andréia Sadi e Bruno Boghossian
Fonte: Folha de S. Paulo
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