Luiz Felipe Leite – Folha de S. Paulo
CAMPINAS (SP) - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou neste sábado (19) apoio para a criação da CPMF, uma das iniciativas do governo federal para tentar equilibrar as contas públicas e conter a crise econômica.
A declaração foi feita após a abertura de um evento para empresários do agronegócio, realizado em Campinas (93 km da capital paulista).
Segundo o mandatário tucano, antes de criar mais taxas, é necessário "diminuir o tamanho do governo", pois é perigoso onerar a sociedade em um momento de recessão.
"Essa iniciativa não terá nosso apoio. Claro que há momentos de exceção, mas antes é preciso diminuir os custos para depois gerar receitas. Isso impede o crescimento do Brasil", disse.
Por incidir sobre qualquer movimentação financeira, a cobrança da CPMF atinge consumidores individuais que possuem conta em banco e qualquer empresa que faça transferências de valores no sistema bancário.
Alckmin também falou sobre as ações que estão sendo feitas no Estado mais rico da federação para tentar conter a crise econômica, porém não citou valores e nem prazos.
"Nós cortamos uma secretaria [Desenvolvimento Metropolitano, extinta em fevereiro do ano passado], também tiramos três fundações, além das vendas de um helicóptero e um avião pertencentes ao governo. Também estipulamos uma meta para redução de custos para cada secretaria", disse.
As fundações, segundo ele, foram o Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal), Ceret (Centro Educativo, Recreativo, Esportivo do Trabalhador) e a Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades).
No mês passado, quando o governo estudava a possibilidade de propor a recriação da CPMF, Alckmin já havia se manifestado contra o imposto.
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