quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cabral cobra de Dilma mesma postura de Lula sobre repartição

Marta Nogueira

RIO - O governador do Rio, Sérgio Cabral, voltou a cobrar ontem a intervenção do governo federal na disputa pelos royalties do petróleo. "Existe indignação e existe a perspectiva de que o governo federal não será omisso. Que a presidente Dilma [Rousseff] tenha a mesma postura que teve o presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva], afinal, foi ele que avalizou o governo dela", afirmou Cabral.

O governador disse que o ex-presidente Lula teve uma preocupação enorme ao enviar ao Congresso Nacional, em 2009, o novo marco regulatório, sem alterar o que já havia sido licitado. Segundo ele, Dilma participou também das negociações, como ministra-chefe da Casa Civil, e aprovou o que foi acordado. "Ela mais do que ninguém sabe que não pode haver nenhuma invasão do que já foi licitado", destacou.

"Eu acho que não estamos na república das bananas. Esse é um país que conquistou respeitabilidade nacional e internacional ao mostrar que respeita as regras", disse Cabral, que participou de cerimônia de inauguração do polo de atendimento do Bradesco para servidores da capital fluminense.

O governador afirmou ainda que a proposta apresentada ontem no Senado é "tão indecente, tão indecorosa e tão irresponsável", que inclusive modifica linhas traçadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o que, segundo ele, "é mais grave ainda". Para Cabral, não há como mexer na legislação atual. "O Senado federal não pode fazer isso sob pena de estar cometendo um crime", disse.

Cabral considerou que a alteração dos limites territoriais que definem os Estados e municípios confrontantes com campos no mar, proposta pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), no substitutivo que trata da mudança na divisão da receita arrecadada com a exploração do petróleo é um absurdo. "O senador Vital do Rêgo agora virou técnico geólogo do IBGE", ironizou o governador.

Os recursos oriundos do pagamento de royalties vão chegar no máximo a R$ 7 bilhões, segundo Cabral, e serão destinados principalmente ao pagamento de dívidas com a União, ao Rio Previdência e ao saneamento básico. De acordo com ele, é uma falácia dizer que só o Estado do Rio se beneficia com o crescimento do Brasil. "O Brasil inteiro, do ponto de vista industrial, tem que se beneficiar", concluiu.

FONTE: VALOR ECONÔMICO

2 comentários:

Anônimo disse...

Os cariocas não merecem. Vão perder um recurso importante para o estado do Rio, e nada em troca. E tem mais. O Brasil também é um grande produtor de ferro, bauxita (alumínio), manganês e nióbio. Essas jazidas estão distribuídas por vários estados. Por que os benefícios que estes estados recebem também não entraram na conta. Ué, SP e Rj e outros, não tem direito a receber a sua parte, daquilo que é extraído no Para, ou em Minas Gerais. Como é que fica. Areia nos olhos dos outros é bom né.

Felipepompeua disse...

Os cariocas não merecem. Vão perder um recurso importante para o estado do Rio, e nada em troca. E tem mais. O Brasil também é um grande produtor de ferro, bauxita (alumínio), manganês e nióbio. Essas jazidas estão distribuídas por vários estados. Por que os benefícios que estes estados recebem também não entraram na conta. Ué, SP e Rj e outros, não tem direito a receber a sua parte, daquilo que é extraído no Para, ou em Minas Gerais. Como é que fica. Areia nos olhos dos outros é bom né.