No entanto, nossa renda per capita deverá fechar 2025 como a 79ª. entre
os países com dados estimados pelo FMI, equivalente a 25% da renda média dos
americanos. Nosso desempenho na avaliação internacional da educação (PISA) é
muito inferior a de países como o Vietnã. Enquanto os países asiáticos investem
em média cerca de 35% de seus PIBs, o Brasil não passa de 17%.
Nossa produtividade é baixíssima. A infraestrutura, a capacidade de
inovação tecnológica e qualificação de nosso capital humano se colocam em
patamar inferior ao necessário para impulsionar o salto de desenvolvimento
desejado. O crime organizado e suas poderosas facções assombram os grandes
centros urbanos, desafiam o Estado brasileiro e infernizam o sistema
penitenciário.
A deterioração de nosso presidencialismo de coalizão complica o
encaminhamento de soluções. A crise fiscal chegou ao limite como demonstram as
discussões presentes sobre aumento de tributos e estrangulamento orçamentário. A
carga tributária é muito alta para uma país emergente, 34% do PIB. O orçamento
brasileiro é o mais engessado do mundo. As despesas obrigatórias já representam
95% do total. Para se ter uma ideia, o PAC, que reúne os projetos estratégicos
selecionados pelo governo como as sementes do Brasil do futuro, terá
investimentos em torno de R$ 50 bilhões este ano, pouco mais de 2% da receita
liquida primária que o governo tem para governar. Isto num país continental tão
carente de estradas, ferrovias, portos, aeroportos, projetos de irrigação, soluções
hídricas, tecnologias inovadoras, saneamento e moradia. As tristemente famosas
BETs faturarão em apostas, em 2025, cerca de R$ 300 bilhões, ou seja, 6 PACSs. Durma
-se com um barulho desses!
O Brasil tem pressa e exige mudanças. As soluções nascerão da
política.
O ciclo 1992/2016 foi dominado pela polarização entre PSDB e PT, tendo
como figuras emblemáticas FHC e Lula. De 2017 a 2025, a polarização se
radicalizou em torno de Bolsonaro e Lula. Talvez seja hora de inaugurar um novo
ciclo. Quem sabe não é hora de Lula e Bolsonaro passarem o bastão? Quadros
experientes, talentosos e testados, de vários partidos e regiões, não faltam:Rodrigo Pacheco (PSD/MG), Fernando
Haddad (PT/SP), Tarcísio de Freitas [REP/SP), Ronaldo Caiado (UB/GO), Eduardo
Leite (PSD/RS), Eduardo Paes (PSD/RJ), Renan Filho (MDB/AL), João Campos (PSB/PE),
Hélder Barbalho (MDB/P), Raquel Lira (PSD/PE), Ratinho Jr. (PSD/PR), Eduardo
Rieddel (PSDB/MS), Rogério Marinho (PL/RN), entre outros.
A nova geração pede passagem e o país reclama um novo ciclo político
que patrocine um desenvolvimento sustentado, sustentável e vigoroso!
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