Principais ministros
são acionados para participar das campanhas nas cidades consideradas
estratégicas, incluindo a gravação de programas eleitorais, que voltam ao ar
hoje. Prioridade para o PT, São Paulo terá atenção especial
Juliana Braga, Adriana
Caitano
A 13 dias do segundo turno, os ministros do governo Dilma Rousseff começam a intensificar a agenda de palanques e gravação de programas eleitorais para ajudar na conquista do maior número de prefeituras pela base aliada. Assim como a própria presidente, eles calculam as cidades em que a participação de uma figura nacional pode reverter o quadro a favor dos candidatos de legendas governistas. O apoio já começa hoje, com o início do horário eleitoral na TV.
O PT concentra esforços em São Paulo, prioridade para o partido, que tenta
retomar o comando da cidade governada pela oposição há quase oito anos. Na
semana passada, Dilma esteve na capital paulista, acompanhada dos ministros
Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aloizio Mercadante (Educação) e Fernando
Pimentel (Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior) para, ao lado do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, costurar apoios para a candidatura de
Fernando Haddad (PT). Além desses ministros, voltarão a marcar presença em São
Paulo Alexandre Padilha (Saúde) e Marta Suplicy (Cultura), que ganhou a vaga no
ministério após declarar apoio a Haddad.
Salvador também é considerada estratégica, e contará com reforço no segundo
turno. Além de Lula e Dilma, os ministros vão intensificar as ações a favor de
Nelson Pelegrino (PT), que enfrenta ACM Neto (DEM). No primeiro turno, Gilberto
Carvalho, Aloizio Mercadante, Alexandre Padilha, Paulo Bernardo (Comunicações)
e Luiza Bairros (Igualdade Racial) gravaram participações no programa de
Pelegrino e podem voltar a oferecer a imagem em benefício do petista.
O foco do casal Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo é Curitiba, onde
apoiam Gustavo Fruet (PDT). Turbinado pelo reforço da Esplanada, Fruet
conseguiu chegar ao segundo turno, com uma desvantagem de seis pontos
percentuais (fechou com 27%) em relação ao primeiro colocado, Ratinho Júnior
(PSC). Gleisi insiste para que a presidente Dilma Rousseff também suba no
palanque na capital paranaense, mas a disputa não está entre suas prioridades.
Hoje, na sede do partido em Brasília, alguns ministros começam a gravar
participação em programas de TV. Alexandre Padilha foi o mais solicitado pelos
aspirantes às prefeituras no primeiro turno, tendo gravado mais de 80 vídeos, e
segue nessa posição. Por ter sido secretário de Assuntos Federativos no governo
Lula — cargo em que trabalhava diretamente com prefeitos — e a questão da saúde
é problema na maioria das cidades, ele manteve a preferência em todas as
regiões do país. Como pretende entrar na briga pelo governo de São Paulo em
2014, Padilha aproveita-se da situação. “Mercadante, por ser titular da
Educação, também foi muito requisitado”, lembra um petista ligado ao comando do
partido. “Miriam Belchior (Planejamento) foi solicitada por candidatos de Mato
Grosso a São Paulo”, acrescenta.
Bandeira branca
Mesmo tendo se colocado à disposição para ir às seis capitais em que o PSB
disputa o segundo turno, Fernando Bezerra (Integração Nacional) talvez fique de
fora do palanque em Fortaleza e em Cuiabá, onde a briga é com o PT. As siglas
devem evitar agressões mútuas depois de racharem a aliança em municípios
importantes, como Recife e Belo Horizonte, com resultado favorável ao partido
comandado por Eduardo Campos (PSB).
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), atuou no primeiro turno, mas não
tem nada programado para esta semana, já que estará com o secretário-geral da
Fifa, Jérôme Valcke, nas cidades sedes da Copa. No entanto, ele acompanha de
perto a disputa em São Luís, onde o correligionário e presidente da Embratur,
Flávio Dino, apoia Edivaldo Holanda Júnior (PTC). De olho em 2014, Dino quer
quebrar a hegemonia da família Sarney no Maranhão para tentar a cadeira de
governador.
O PMDB ainda não definiu a estratégia de discursos e participações em programas
eleitorais dos 16 candidatos que disputam o segundo turno. Por enquanto, apenas
o vice-presidente Michel Temer deve gravar para todos e subir no palanque ao
menos das capitais — Campo Grande, Florianópolis e Natal. A capital potiguar
também deve contar com a presença de Edison Lobão (Minas e Energia) e Garibaldi
Alves (Previdência Social), que já subiram no palanque de Hermano Moraes (PMDB)
no primeiro turno. O partido também não deve atacar diretamente candidatos do
PT. Em troca, terá Dilma e Lula na propaganda dos candidatos em cinco
municípios, incluindo Florianópolis.
Esplanada itinerante
Confira por onde alguns ministros já passaram e as capitais em que pretendem intensificar o apoio aos candidatos que disputam o segundo turno
» São Paulo - Fernando Haddad (PT)
Marta Suplicy (Cultura)
Aloizio Mercadante (Educação)
Alexandre Padilha (Saúde)
Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral)
» Curitiba - Gustavo Fruet (PDT)
Gleisi Hoffmann (Casa Civil)
Paulo Bernardo (Comunicações)
» Natal - Hermano Moraes (PMDB)
Edison Lobão (Minas e Energia)
Garibaldi Alves (Previdência)
» São Luís - Edivaldo Holanda (PTC)
Aldo Rebelo (Esporte)
» Salvador - Nelson Pelegrino (PT)
Luiza Bairros (Igualdade Racial)
Aloizio Mercadante
Paulo Bernardo
Alexandre Padilha
Gilberto Carvalho
Confira por onde alguns ministros já passaram e as capitais em que pretendem intensificar o apoio aos candidatos que disputam o segundo turno
» São Paulo - Fernando Haddad (PT)
Marta Suplicy (Cultura)
Aloizio Mercadante (Educação)
Alexandre Padilha (Saúde)
Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral)
» Curitiba - Gustavo Fruet (PDT)
Gleisi Hoffmann (Casa Civil)
Paulo Bernardo (Comunicações)
» Natal - Hermano Moraes (PMDB)
Edison Lobão (Minas e Energia)
Garibaldi Alves (Previdência)
» São Luís - Edivaldo Holanda (PTC)
Aldo Rebelo (Esporte)
» Salvador - Nelson Pelegrino (PT)
Luiza Bairros (Igualdade Racial)
Aloizio Mercadante
Paulo Bernardo
Alexandre Padilha
Gilberto Carvalho
Fonte: Correio Braziliense
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