O
prefeito Bruno Covas lidera as pesquisas e é favorito para vencer a eleição de
São Paulo. Mas foi da campanha do seu adversário, Guilherme Boulos, que surgiu
o fato político mais relevante do segundo turno até aqui.
No
sábado, Lula, Ciro Gomes, Marina Silva e Flávio Dino apareceram juntos na propaganda
do candidato do PSOL. Os quatro não dividiam o mesmo palanque eletrônico desde
2006, quando o ex-presidente conquistou o segundo mandato.
Boulos
emergiu como a grande novidade do primeiro turno. Com 17 segundos na TV,
ultrapassou veteranos como Márcio França e Celso Russomanno, que contava com o
apoio do presidente Jair Bolsonaro. O candidato do PT, Jilmar Tatto, amargou um
vexatório sexto lugar.
O
PSOL investiu na dobradinha entre um candidato de 38 anos e uma vice de 85. A
presença de Luiza Erundina ajudou a atenuar um dos pontos fracos de Boulos. Se
ele nunca ocupou cargos públicos, ela governou a cidade entre 1989 e 1992.
A
campanha improvisou uma espécie de papamóvel para a ex-prefeita circular na
pandemia. Protegida por uma cabine de acrílico, ela percorre a periferia em
busca de votos que se descolaram do PT em 2016.
Apesar
da aposta no corpo a corpo, Boulos decolou graças à internet. Sua candidatura
ganhou impulso nas redes sociais, onde o bolsonarismo reinou sozinho na última
eleição. Ele mobilizou artistas e ganhou a preferência dos eleitores mais
jovens.
O
líder do MTST moderou o tom, mas não abriu mão do discurso contra a
desigualdade e a extrema direita instalado no Planalto. No segundo turno, isso
o ajudou a reunificar o campo progressista, que se estranhava desde o
rompimento de Lula e Ciro na corrida presidencial.
A
união em torno de Boulos fez a esquerda voltar a sonhar com uma aliança nos
moldes da Frente Ampla uruguaia para enfrentar Bolsonaro em 2022. O cenário
ainda é improvável, mas deixou de ser impossível. E Boulos será peça-chave para
qualquer acordo daqui a dois anos.
O
prefeito Bruno Covas lidera as pesquisas e é favorito para vencer a eleição de
São Paulo. Mas foi da campanha do seu adversário, Guilherme Boulos, que surgiu
o fato político mais relevante do segundo turno até aqui.
No
sábado, Lula, Ciro Gomes, Marina Silva e Flávio Dino apareceram juntos na
propaganda do candidato do PSOL. Os quatro não dividiam o mesmo palanque
eletrônico desde 2006, quando o ex-presidente conquistou o segundo mandato.
Boulos
emergiu como a grande novidade do primeiro turno. Com 17 segundos na TV,
ultrapassou veteranos como Márcio França e Celso Russomanno, que contava com o
apoio do presidente Jair Bolsonaro. O candidato do PT, Jilmar Tatto, amargou um
vexatório sexto lugar.
O
PSOL investiu na dobradinha entre um candidato de 38 anos e uma vice de 85. A
presença de Luiza Erundina ajudou a atenuar um dos pontos fracos de Boulos. Se
ele nunca ocupou cargos públicos, ela governou a cidade entre 1989 e 1992.
A
campanha improvisou uma espécie de papamóvel para a ex-prefeita circular na
pandemia. Protegida por uma cabine de acrílico, ela percorre a periferia em
busca de votos que se descolaram do PT em 2016.
Apesar
da aposta no corpo a corpo, Boulos decolou graças à internet. Sua candidatura
ganhou impulso nas redes sociais, onde o bolsonarismo reinou sozinho na última
eleição. Ele mobilizou artistas e ganhou a preferência dos eleitores mais
jovens.
O
líder do MTST moderou o tom, mas não abriu mão do discurso contra a
desigualdade e a extrema direita no poder. No segundo turno, isso o ajudou a
reunificar o campo progressista, que se estranhava desde o rompimento de Lula e
Ciro na campanha de 2018.
A união em torno de Boulos fez a esquerda voltar a sonhar com uma aliança nos moldes da Frente Ampla uruguaia para enfrentar Bolsonaro em 2022. O cenário ainda é improvável, mas deixou de ser impossível. E Boulos sairá da eleição como peça-chave para qualquer acordo daqui a dois anos.
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