O ministro do STF garantiu eleições limpas e transparentes, e que candidato mais votado em outubro será devidamente diplomado
O Globo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF) que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
durante as eleições, defendeu as urnas eletrônicas e garantiu que o candidato
escolhido pela população em outubro será devidamente diplomado. Em seu
discurso, durante o Congresso Brasileiro de Magistrados, neste sábado, em
Salvador, o ministro afirmou que as eleições serão limpas e transparentes,
apesar do desafio das "milícias digitais", criticadas por ele, que
atacam os instrumentos garantidores da democracia.
— Vamos garantir a democracia no Brasil com
eleições limpas, transparentes e por urnas eletrônicas. Em 19 de dezembro, quem
ganhar vai ser diplomado nos termos constitucionais, e o Poder Judiciário vai
continuar fiscalizando e garantindo a democracia — afirmou Alexandre de Moraes,
durante um discurso de cerca de 30 minutos, publicado pelo g1. — Cada um de
nós, isso não é só o Supremos Tribunal Federal, não são só os tribunais
superiores, cada um de nós magistradas e magistrados, cada um de nós tem a sua
responsabilidade para garantir que o país continue essa democracia.
A principal ameaça ao processo eleitoral, disse Moraes, são as "milícias digitais", que, com conteúdos falsos, tentam fazer com que a população duvide da mídia tradicional, um dos três sustentáculos da democracia, como descreveu.
— A internet deu voz aos imbecis. Hoje qualquer um se diz especialista, veste terno, gravata, coloca painel falso de livros (no fundo do vídeo) e fala desde a guerra da Ucrânia até o preço da gasolina, além de atacar o Judiciário. Como não dá para atacar o povo, começaram a atacar os instrumentos que garantem a democracia — afirmou o ministro, que garantiu, porém, que o Judiciário não irá se acovardar. — De quatro em quatro anos tem eleições, e essas milícias digitais sabem disso. O Poder Judiciário não pode e não vai se acovardar perante essas agressões, eu tenho absoluta certeza disso.Na abertura do Congresso, na última quinta,
o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já havia feito um discurso em
defesa das eleições e das urnas eletrônicas, em contraponto aos recentes
ataques promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
— É preciso haver um fortalecimento das
instituições. Como disse o governador Rui Costa aqui, é inimaginável que
chegaríamos em 2022 precisando defender o judiciário e a democracia em tempos
de atentados nocivos à sociedade brasileira. Temos que ter coragem para
defender o nosso judiciário e queria reafirmar aqui que eu respeito o poder
judiciário do meu país — disse o senador.
Com G1
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