sexta-feira, 6 de julho de 2018

Alvaro Dias afirma que sua candidatura é ‘irreversível’

Daniel Weterman | O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o senador Alvaro Dias afirmou ontem que sua candidatura à Presidência é “irreversível”. A declaração foi feita durante palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em São Paulo, para uma plateia formada por empresários. Depois, em entrevista a jornalistas, o senador afirmou para “não perderem mais tempo” cogitando sua desistência na corrida pelo Palácio do Planalto.

Dias negou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenha feito algum convite para ele compor com Geraldo Alckmin (PSDB) na campanha – a convite de FHC, o senador se encontrou com o ex-presidente na segunda-feira passada em São Paulo.

Chamando o ex-presidente de “príncipe”, o senador afirmou que o tucano não seria “deselegante” ao fazer uma proposta objetiva e afirmou que os dois discutiram as alternativas para o País nestas eleições. Perguntado se aceitaria ser vice de Alckmin na eleição, Dias respondeu que “não há nenhuma hipótese de arredarmos pé do propósito de disputar a Presidência”.

“Não há força humana capaz de nos demover desse objetivo (ser candidato). Os que viverem verão que nós estaremos na urna no dia 7 de outubro. É bom não perderem mais tempo e vocês não gastarem mais tinta e papel ou não gastarem os dedinhos aí nas teclas do computador porque será em vão”, disse Dias, que atinge até 4% nas pesquisas de intenções de voto.

Dias afirmou que busca partidos do chamado “centro” que aceitem seu programa e façam uma aliança. A convenção do Podemos, citou, deve acontecer no dia 4 de agosto, reta final do prazo estabelecido por lei, o que deixa aberto espaço para negociações partidárias até o último momento.

O senador deu, no entanto, uma condição para a convergência do chamado “centro” na disputa presidencial: o rompimento com o “balcão de negócios” em Brasília, ou seja, a troca de apoio partidário por interesses de bancadas, e o compromisso com o que defende como “a refundação da República”.

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