Em evento de turismo, no Rio, o
governador reclamou da baixa reciprocidade do PT em apoiar candidatos do PSB e
insistiu que as alianças com o PSDB não visam 2014
RIO – O governador de Pernambuco e
presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, reclamou ontem que o PT não
retribui na mesma proporção o apoio que recebe de seu partido no segundo turno
da eleição municipal. Apesar dessa avaliação, ele insistiu que as alianças do
PSB com o PSDB não foram feitas em função das eleições de 2014. “No primeiro
turno o PSB foi o partido que mais apoiou o PT, mas só é notícia quando a gente
não apoia. No segundo turno, o PT disputa em 17 cidades e nós os apoiamos em
11. Nós disputamos em oito cidades e só em uma o PT nos apoia, desde o primeiro
turno, que é o município de Duque de Caxias (RJ). E esse apoio só veio por uma
ação direta da Executiva Nacional do PT e do próprio presidente Lula. Isso é um
fato real”, afirmou o governador durante visita ao estande de Pernambuco de uma
feira internacional de turismo realizada no Rio.
Eduardo disse ter
conversado com o senador e ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB), que esteve
em Campinas para apoiar o candidato socialista. Na conversa, Aécio repetiu a
brincadeira de que nessas eleições usou mais adesivos do 40 (número do PSB) do
que do 45 (número do PSDB). “Recebemos o apoio do PSDB, no segundo turno, em
Uberaba e Campinas. Somos gratos por isso. Essas parcerias vêm de algum tempo,
não são feitas em função das próximas eleições”, disse o governador
pernambucano.
Eduardo insistiu que,
depois do próximo domingo, será preciso “deseleitoralizar o debate político no
Brasil”. O governador lembrou que há uma “pauta muito densa no Congresso” e
citou como exemplo a medida provisória para redução da tarifa de energia e o
marco regulatório do petróleo. Neste tema existe um conflito entre Estados e
municípios que reivindicam maior participação nos royalties do petróleo e
Estados produtores, como o Rio de Janeiro, do governador Sérgio Cabral (PMDB),
e o Espírito Santo, do governador Renato Casagrande (PSB).
O governador cobrou
da União abrir mão de parte dos recursos futuros em favor de Estados e
municípios. “Não queremos isolar os governadores Cabral e Casagrande, ninguém
vai propor tirar receita do Rio e do Espírito Santo. Queremos uma maneira mais
justa de dividir os recursos no futuro. Os municípios vão precisar que a União
abra mão de parte da receita. O governo não tem a boa vontade esperada, mas tem
alguma boa vontade para que Estados e municípios tenham parte dos royalties
para investir em educação, ciência e tecnologia, e não em custeio”, afirmou
ele.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
Um comentário:
Não tem nada que isolar os governadores, ainda mais dos estados que produzem. Cada um tem o direito de defender os seus.
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