• Taxa do 3º trimestre é a maior da série, iniciada em 2012; renda média do trabalhador ficou em R$ 1.889, uma queda de 1,2%
Daniela Amorim - O Estado de S. Paulo
RIO - A taxa de desocupação no Brasil subiu para 8,9% no terceiro trimestre de 2015, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012. Em igual período do ano passado, o desemprego era de 6,8%. Já no segundo trimestre do ano, o resultado foi de 8,3%.
A fila do desemprego já conta com 9 milhões de brasileiros, segundo o IBGE, um aumento expressivo em ambas as comparações: 7,5% em relação ao trimestre anterior e 33,9% ante o mesmo trimestre de 2015. Foi o maior crescimento da população desocupada, na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, da série da pesquisa. Os jovens de 18 a 24 anos são um dos grupos mais afetados, com taxa de desocupação de 19,7%.
Em um ano, o País perdeu 1,2 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no setor privado - uma queda de 3,4%. Em relação ao segundo trimestre, o recuo nas vagas formais foi de 1,4% ou 494 mil postos com carteira a menos. "As pessoas estão perdendo carteira de trabalho e se inserindo no mercado por conta própria, ou até abrindo um pequeno negócio", afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Para entender
Pnad Contínua
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. O novo levantamento tem por objetivo substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas seis regiões metropolitanas e será encerrada em fevereiro de 2016, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente a determinado mês de cada ano.
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