Ministra Gleisi Hoffmann comanda reunião para decidir se será mantida a oferta do Ministério das Comunicações para acomodar o União Brasil
O líder do União Brasil na Câmara dos
Deputados, Pedro
Lucas Fernandes (MA), confirmou na noite desta terça-feira
(22) que não assumirá o Ministério das
Comunicações, como chegou a ser anunciado na semana passada. Em
nota, Fernandes agradeceu ao convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
mas disse que irá contribuir mais no Congresso do que no governo.
"Sou líder de um partido plural, com uma bancada diversa e compromissada com o Brasil", disse o parlamentar. "A liderança me permite dialogar com diferentes forças políticas, construir consensos e auxiliar na formação de maiorias em pautas importantes para o desenvolvimento do Brasil", afirmou Fernandes na nota.
O deputado pediu "sinceras
desculpas" a Lula por não assumir o cargo, deixado por Juscelino Filho (União-MA),
denunciado por desvios de emendas parlamentares. "Recebo seu gesto com
gratidão e reafirmo minha disposição para o diálogo institucional, sempre em
favor do Brasil. Continuarei atuando com firmeza no Parlamento, buscando
consensos, defendendo a boa política e acreditando que o respeito às diferenças
é o que fortalece a democracia", completou.
Fernandes chegou a aceitar a
oferta feita por Lula, formalizada pelo próprio presidente no dia 10 de abril, mas
havia pedido prazo até depois do feriado para tomar posse. Como a ida dele para
o ministério rachou a bancada na Câmara do União, o parlamentar recuou e
recusou o convite.
Segundo fontes governistas, a ministra de
Relações Institucionais, Gleisi
Hoffmann, fez uma reunião com outras lideranças do governo no
Palácio do Planalto para tratar do impasse, enquanto a cúpula do União Brasil
também se reuniu para tentar resolver o problema. A expectativa, por enquanto,
era de que o presidente da sigla, Antonio
Rueda, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP),
que é secretário-geral da sigla, encaminhassem outros nomes para o governo para
assumir o ministério.
Gleisi comandou reunião para decidir se será
mantida a oferta do Ministério das Comunicações para acomodar o União Brasil.
Mais cedo, o Valor
PRO informou que auxiliares presidenciais consideraram
“desrespeitoso” o movimento do União Brasil, bem como uma “trapalhada”
do aliado, diante da indicação de Pedro Lucas para o ministério - já que não
havia certeza de que a bancada avalizaria o nome dele para o ministério.
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