Foco do partido é eleger governadores e ampliar a presença de deputados e senadores
Felipe Frazão | O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A bancada do PSB na Câmara dos Deputados realiza uma reunião de extraordinária às 17h depois de ter sido surpreendida na manhã de terça-feira, 8, pela desistência de Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, de concorrer à Presidência da República.
O líder Julio Delgado (MG) convocou os deputados para discutir a situação eleitoral do partido. O foco do PSB é eleger governadores – a sigla planeja disputar em 10 Estados – e ampliar sua bancada federal, de deputados e senadores.
Parte dos dirigentes socialistas deseja que o partido lance outro nome para disputar a sucessão do presidente Michel Temer, para evitar uma dispersão dos diretórios entre pré-candidatos como Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede).
Parlamentares, porém, avaliam que o racha é inevitável por causa das conveniências eleitorais de cada Estado e que a aliança seria uma forma de deixar o caminho livre para quem divergir do comando nacional.
Em março, o congresso do PSB aprovou uma resolução que vinculava o partido a candidaturas de centro-esquerda, o que significava um afastamento de Alckmin. Partidários do ex-governador paulista não devem conseguir reverter a decisão, conforme avaliação de deputados.
Deputados do PSB dizem que o projeto eleitoral de Barbosa tinha pouca sintonia com o que o partido projetava de candidatura e querem uma explicação por parte dele. Havia uma reunião prevista para ocorrer nesta semana.
A desistência frustrou inclusive a formação de uma aliança suprapartidária em prol de Barbosa. Deputados do PPS, por exemplo, desejavam organizar um café amplo com Barbosa para quebrar o engessamento do ex-magistrado na política.
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