Depois do primeiro beijo / Será que eu te amo / ou apenas te chamo / de meu amor?
Em mais uma tentativa
de
não falar naquela pessoa,
nem
nos horrores da pandemia,
(o
que é quase a mesma coisa)
a
pedidos, voltemos à poesia.
________
Depois
do primeiro beijo
Será
que eu te amo
ou
apenas te chamo
de
meu amor?
será
que é amor de verdade
ou
pura vontade
de
sentir-se amado?
será
que te amo mesmo
ou
apenas desejo
teu
corpo e teus beijos?
será
que amo tanto
o
teu silêncio,
quanto
o teu riso
ou
os teus suspiros?
amo
mais as tuas coxas,
ou
teus peitos, boca, pés,
ou
amo mais o teu jeito
de
me ouvir e me falar?
amo
a emoção forte e funda
das
bocas coladas no primeiro beijo
dos
corações acelerados,
das
mãos alisando suas coxas,
dos dedos apertando a sua bunda.
Será
amor ou vício
essa
delícia que sinto
desde
o início
quando penso em você?
________
Te
amar suave e silenciosamente,
como
o vento às velas, em movimento,
como
o fogo à vela, luzente,
como
a planta à terra, semente.
________
Mar
morto,
sol
posto,
teu
rosto,
meu
porto.
Navios
iluminados nos teus olhos-cais.
________
Como
o vento em mar aberto,
como
a chuva no deserto,
teu
amor me alegra, alivia e alimenta,
como
uma paz em movimento
como
uma promessa permanente
de
felicidade em coração e mente.
________
Se
um dia o amor vira obsessão,
não
é mais doce, amarga o coração,
faz
do encanto, sofrimento,
de
inimiga íntima, a imaginação,
que
cria dores de ficção,
mas
que doem de verdade,
como
o avesso da paixão.
________
Que
a vida me seja leve
e
me leve sempre longe
e
me traga para perto
do
amor, da paz, da alegria,
da
beleza e da natureza,
onde
a emoção e a razão
sejam
uma coisa
só.
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