Brasil passou a ser visto como imenso vírus assassino
O
Brasil é um perigo para o mundo. Assim está posta a opinião das
autoridades, do jornalismo e dos mais informados mundo afora. Não
é Bolsonaro, não é o governo militarizado e desatinado, mas o Brasil. E
está certo: é o país que, dividido entre os voltados para seus interesses, os
acovardados e a grande massa dos pobres de conhecimento, permite um governo que
se alia à morte em massa, constrói por sabotagens a calamidade social e
atraiçoa os objetivos do país como trai a população.
O
Brasil, visto do mundo, é um imenso vírus assassino, composto pela infinidade
de vírus letais que correm, livres, de um brasileiro a outro. E
deste seu paraíso deixam-se levar, pelos meios mais insidiosos, para frustrar
países que lutam contra a ferocidade pandêmica.
Esse
capítulo faltava na história da incivilização brasileira. O seu fim
desconhecido, caso não seja abreviado, contém hipóteses terríveis. Uma delas,
por exemplo: a
contaminação, já com novas e mais perigosas variantes do vírus, continuará
aumentando, com reflexo direto nas restrições internacionais ao Brasil.
O medo de contaminação de produtos brasileiros não será surpreendente, resultando em caos alimentar interno e cortes arruinantes de exportações, com desarticulação de toda a economia. O que aí pareça exagero e pessimismo é uma possibilidade já considerada entre técnicos mais lúcidos.
O
mundo conhecia o Brasil folclórico, musical, carnavalesco em tudo e imoral não
só na corrupção escancarada. Descobre o Brasil propriamente dito, das massas
relegadas e impotentes, do servilismo político e administrativo ao militarismo
mais primário, da condução nacional conforme ao gosto avaro e ganancioso das
classes possuidoras.
Tudo
isso sintetizado em 260 mil mortes, tantas
delas feitas pelo descaso do governo, e expressado na ameaça ao mundo —uma
espécie de Bin Laden em dimensões continentais.
***
Bia
Kicis na presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara,
com sua condição de investigada no Supremo por comprovadas pregações contra a
democracia e a Constituição, seria um desaforo do seu protetor Arthur Lira e da
própria Casa aos cidadãos e, em particular, ao STF.
Aécio Neves na presidência da Comissão de Relações
Exteriores da Câmara, como pagamento ao seu golpe no PSDB para
ajudar a eleição de Lira, é uma indecência capaz de ser ainda maior. Corrupto
múltiplo, gravado em extorsão de R$ 2 milhões a Joesley Batista, do
grupo JBS, Aécio continua solto graças a trampolinagens judiciais do PSDB. Não
é raro saírem do Oriente Médio pacotaços para cargos que se ocupem de questões
relativas à área mais conflitiva do mundo.
***
As
mulheres de São Paulo podem
reequilibrar o confronto com o cafajeste Fernando Cury (Cidadania), que passa
por deputado. A elas cabe fazer campanha contra o voto feminino,
primeiro, nos membros do Conselho de Ética que aprovaram apenas 119 dias de
aparente suspensão para
o agressor sexual da deputada Isa Penna (PSOL).
Depois, veto aos deputados que impeçam no plenário a perda do mandato de Cury.
Façam suas listas.
***
Científica: o macaco está para Charles Darwin assim como Bolsonaro está para a Teoria da Involução.
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