quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Diário do Poder – Cláudio Humberto

Jornal do Commercio (PE)

• Foster pode cair após tentar esconder patrimônio
A revelação de que a presidente da Petrobras, Graça Foster, transferiu imóveis para familiares, tão logo que estourou o escândalo da compra superfaturada da refinaria de Pasadena, nos EUA, pode determinar sua demissão. Ontem a presidenta Dilma foi informada das implicações jurídicas. A advogada Gabriela Diniz França Costa, especialista ouvida pela coluna, acha que se for caracterizada má fé, a transferência pode ser anulada e Foster pode responder por improbidade e fraude.

• Negar é preciso
Em nota, a Petrobras negou má fé: meses antes Graça Foster já tratava da transferência. O problema, então, é que não a suspendeu.

• Operadores
Consultores e lobistas pressionaram ontem sites de notícias a omitir ou a minimizar notícias sobre a transferência de bens de Graça Foster.

• Bloqueou, caiu
Ao defender Graça Foster no TCU, Luiz Adams (AGU) alegou que o bloqueio dos seus bens determinaria sua demissão da estatal.

• Pressão
Principais líderes de oposição procurados por esta coluna tiraram o corpo fora no caso Foster. Só Rubens Bueno (PPS) comentou o caso.

• Conta dos cartões corporativos: R$ 34 milhões
Até julho deste ano, a conta dos cartões corporativos do governo Dilma Rousseff atingiu os R$ 34,5 milhões. Entre junho e julho a conta subiu cerca de R$ 6 milhões. A Presidência da República ultrapassou os R$ 12 milhões na conta dos cartões corporativos. Mais de R$ 11 milhões destes gastos são escondidos sob a alegação de “sigilo”. O Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, já usou quase R$ 8 milhões.

• Exemplo para o mal
Apenas a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) gastou R$ 6,2 milhões com cartões corporativos. Mais que qualquer ministério.

• Primos pobres
O Ministério do Esporte e o Ministério do Desenvolvimento Social, juntos, gastaram apenas R$ 1,7 mil.

• Gastos secretos
O gabinete da Vice-Presidência da República gastou R$ 308 mil com cartões corporativos, mas nada de detalhes. Tudo “sigiloso”.

• Cheiro de pizza
Completam-se dez dias, hoje, que o presidente da CPI chapa branca da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), prometeu “investigar com rigor” a combinação de perguntas e respostas de depoentes.

• Quase parando
O Conselho de Ética aprovou a cassação de André Vargas (ex-PT-PR), amigo do doleiro Alberto Youssef. Mesmo assim deve ficar – talvez – para a segunda metade de outubro a votação da cassação no Plenário.

• Ferrinho de dentista
Aposentado aos 59 anos com R$ 29 mil por mês, o agora ministro de pijama Joaquim Barbosa pretende usar o twitter como “ferrinho de dentista” do maior desafeto e sucessor no STF, Ricardo Lewandowski.

• Grana corporativa
Sozinha, Edineia do Nascimento, funcionária do IBGE do Amazonas, órgão do Ministério do Planejamento, sacou “em cash” R$ 54 mil até julho deste ano no cartão corporativo do governo.

• Paternidade da urna
A urna eletrônica completa maioridade, mas sobram dúvidas sobre sua paternidade. Sua origem data de 1989: Carlos Prudêncio, juiz da 5ª Seção de Santa Catarina, criou uma primeira versão e a utilizou num plebiscito de Brusque. Mas o sistema só seria implantado em 1996.

• Memória trotskista
Em 21 de agosto, há 74 anos, era assassinado em Coyoacán, na Cidade do México, Leon Trótski, intelectual marxista e um dos principais líderes da Revolução Russa de 1917.

• Paralamas brasilienses
O paraibano Herbert Vianna, do Paralamas do Sucesso, contou a um brasiliense, que conheceu no BarraShopping, Rio, que em Brasília morou na 414 Sul, na 114 Sul e depois na 104 Sul, quadra reservada, na época, a servidores do Planalto. Seu pai era piloto da Presidência.

• Terror da rede
A Scotland Yard divulgou ontem que pode ser crime enquadrado na legislação antiterrorismo do Reino Unido o ato de baixar, compartilhar e até ver o vídeo onde o jornalista americano James Foley é decapitado.

• Oportunismo eleitoral
Se alguém despertar do coma e sintonizar o guia eleitoral na TV, vai achar que Eduardo Campos está vivo e é candidato único a presidente.

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